A hipófise ou pituitária regula outras glândulas, como a tireoide, as adrenais, os testículos e os ovários. Além disso, ela sintetiza uma série de hormônios, como o do crescimento, a prolactina, que estimula a produção do leite materno, a vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético, fazendo com que os rins mantenham a água do organismo, e a oxitocina, que estimula a contração do útero durante o parto. A hipófise ou pituitária sintetiza ainda o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), que atua sobre as adrenais e a produção de corticosteroides, os hormônios luteinizante e folículo estimulante, que controlam a ovulação, e o hormônio estimulante da tireoide, que controla a atividade dessa glândula.
A maioria dos tumores de pituitária são adenomas benignos, isto é, não se disseminam para outras partes do corpo como o câncer. Mas ainda assim podem causar problemas sérios por causa da proximidade do cérebro, do risco de invasão de tecidos próximos, como o crânio, e porque muitos deles produzem hormônios em excesso.
Adenomas de pituitária não saem para fora do crânio e costumam ficar confinados à sela turca, o espaço dentro do crânio onde fica a pituitária. Mas podem se infiltrar nas paredes da sela turca e estruturas próximas como nervos e vasos sanguíneos. Há pouco espaço para o tumor se desenvolver ali e, por isso, esses adenomas costumam ser pequenos, apesar de ter grande impacto sobre a saúde do paciente. Se o tumor tem cerca de 1 cm de diâmetro, ele pode crescer para cima, pressionando áreas próximas no cérebro e nervos nesses locais, prejudicando a cisão ou causando dores de cabeça.
No que se refere ao tamanho, os adenomas de pituitária podem ser microadenomas, quando têm menos de 1 cm de diâmetro, ou macroadenomas, quando têm 1 cm ou mais de diâmetro. Por serem pequenos, os microadenomas raramente comprometem o resto da pituitária ou tecidos próximos, mas podem causar sintomas se produzirem algum hormônio em excesso. No entanto, muitas pessoas têm pequenos adenomas que nunca são diagnosticados porque não crescem o bastante ou não aumentam a síntese de hormônios a ponto de causar problemas. Já os macroadenomas podem causar sintomas tanto pelo aumento da produção de hormônios como pela pressão que podem causar sobre as partes normais da pituitária ou sobre nervos próximos, como o nervo óptico.
Os adenomas de pituitária também são classificados de acordo com sua capacidade de produzir hormônios em excesso ou não. Os que produzem hormônios em excesso são chamados de funcionais e os que não, de não funcionais. Os adenomas funcionais são classificados de acordo com o hormônio em excesso que produzem. Adenomas lactotróficos ou prolactinomas representam entre 30% e 40% dos casos e secretam prolactina; adenomas somatotróficos produzem hormônio do crescimento e são 20% dos casos; adenomas corticotróficos somam 10% dos casos e sintetizam ACTH em excesso; adenomas gonadotróficos são raros e produzem hormônios luteinizante e folículo estimulante em excesso; adenomas tireotróficos produzem TSH e também são bem raros; e adenomas de células nulas são os não funcionais, isto é, não causam aumento na produção de hormônios.