As glândulas salivares são tecidos especializados na produção e secreção de saliva, que lubrifica a boca e a garganta, contém enzimas que dão início ao processo de digestão dos alimentos, contém anticorpos e outras substâncias que ajudam a prevenir infecções.
Há dois tipos de glândulas salivares: as maiores e as menores. Existe um conjunto de glândulas salivares maiores em cada lado do rosto: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. As parótidas, que ficam à frente das orelhas, são as maiores e apresentam grande parte dos casos de tumores das glândulas salivares, a maioria de tumores benignos.
As glândulas submandibulares, que ficam abaixo da mandíbula, produzem saliva debaixo da língua. Entre 10% e 20% dos tumores ocorrem nas submandibulares e, destes, a metade é maligna.
As glândulas sublinguais ficam sob o soalho da boca e são raros os casos de câncer nesse tecido.
As glândulas salivares menores são estruturas muito pequenas, não visíveis a olho nu, e encontram-se dispersas por toda a mucosa que vai da boca até a parte inferior da faringe, com maior concentração na boca, especialmente no palato (céu da boca).
Tanto as glândulas salivares maiores quanto as menores podem desenvolver tumores benignos ou malignos. O câncer das glândulas salivares corresponde de 0,3% a 1% de todas as neoplasias malignas e responde por cerca de 5% a 7% dos cânceres de cabeça e pescoço.
Os tumores são mais frequentes nas glândulas parótidas, seguidos pelas glândulas submandibulares, glândulas salivares menores e sublinguais. Cerca de 60% dos tumores das glândulas parótidas são benignos, sendo os mais comuns o adenoma pleomórfico, seguido pelo tumor de Whartin. Apesar de benigno, o adenoma pleomórfico sempre deve ser tratado, pois apresenta um risco de até 10% de transformação para uma forma maligna.
Os carcinomas adenoide-císticos geralmente têm crescimento lento e tendem a ser de baixo grau. No entanto, tendem a se disseminar ao longo dos nervos e voltar (recidivar) até muitos anos depois do tratamento inicial.