Perda de peso inexplicável
Dor do lado direito na parte de cima do abdome
Perda do apetite
Náusea ou vômitos
Febre
Cansaço ou fraqueza
Inchaço do abdômen
Presença de caroço duro do lado direito, abaixo das costelas
Icterícia, que deixa a pele e os olhos amarelados e a urina escura
Coceira
Sensação de empachamento mesmo após uma pequena refeição
Agravamento da hepatite ou cirrose
FATORES DE RISCO
Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter câncer de fígado.
Consumo abusivo de álcool: a cirrose hepática é uma das principais causas de câncer de fígado e uma de suas causas é o consumo pesado e contínuo de bebidas alcoólicas. Na cirrose, as lesões prolongadas provocadas pelo álcool fazem com que o tecido normal do fígado seja substituído por tecido fibroso ao longo dos anos. A doença, de início, não apresenta sintomas.
Hepatites B e C: existe vacina para a hepatite B, mas, infelizmente, pouca gente a toma, e existe a forma crônica da doença, já que na maioria dos casos ela não apresenta sintomas. O mesmo acontece com a hepatite C, que leva anos até apresentar sintomas. Ambas podem ser tratadas com antivirais, mas, a longo prazo, as duas também podem causar cirrose hepática e aumentar o risco de câncer de fígado.
Hepatite autoimune
Doença hepática gordurosa não alcoólica: é uma inflamação do fígado causada por acúmulo de gordura e associada a diabetes e síndrome metabólica.
O diagnóstico de câncer de fígado passa por uma série de exames, inclusive de sangue, que avaliam a função hepática, isto é, como o fígado está trabalhando. Na lista de exames por imagem, podem estar ultrassom, tomografia para avaliar a extensão do tumor e angiograma, em que um contraste é injetado numa artéria do paciente, permitindo que o médico visualize os vasos sanguíneos do órgão.
A biópsia é fundamental para confirmar o diagnóstico e ela pode ser feita por aspiração por agulha fina (BAAF), biópsia por agulha grossa ou core biopsy, laparoscopia ou ainda remoção do tecido durante cirurgia aberta.
ESTADIAMENTO
O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se, ou quanto, ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. Para isso, é usada uma combinação de letras e números: T de tumor, N de nódulos (ou gânglios linfáticos) e M de metástase, e números que vão de 0 (sem tumor, ou sem gânglios afetados ou sem metástase) a 4, este último indicando maior acometimento.
O tratamento do câncer de fígado não depende apenas do estadiamento (sua extensão e presença ou não de metástases), mas também das condições clínicas do paciente, principalmente da função hepática, já que em muitos casos a cirrose está associada ao câncer. Outro aspecto fundamental é que o tratamento envolva equipe multidisciplinar com cirurgião oncológico, oncologista clínico, radiologista, radioterapeuta, equipe de transplante, nutricionistas e enfermeiros.
As opções de tratamento dependem bastante do estágio em que o câncer se encontra. Basicamente, quando o câncer é pequeno e não se espalhou, ele pode ser completamente removido por cirurgia e há ainda a opção de um transplante. Há casos, porém, em que o câncer está localizado, não se espalhou, mas não pode ser totalmente removido por cirurgia. Mesmo assim há opções, como uma cirurgia parcial, a ablação por radiofrequência, que mata as células cancerosas por calor, e a quimioembolização, em que partículas carregadas com quimioterápicos ou material radiativo são injetadas nos vasos que irrigam o tumor através de cateterismo, bloqueando também os vasos sanguíneos que alimentam o câncer e impedindo seu crescimento.
A quimioterapia também pode ser usada no tratamento do câncer de fígado, tanto na forma convencional, com administração intravenosa, como por via oral, uma opção mais recente. A radioterapia costuma ser indicada para poucos casos, principalmente para alívio da dor.