O câncer de esôfago não costuma apresentar sintomas nos estágios iniciais, mas alguns sintomas são:
indigestão e azia;
dificuldade ou dor ao engolir;
dor, pressão ou queimação na garganta ou no peito;
perda de peso e de apetite;
fezes escuras;
vômitos;
anemia;
rouquidão;
soluços persistentes;
tosse crônica.
FATORES DE RISCO
Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que necessariamente você vai ter câncer de esôfago.
Refluxo e esôfago de Barrett: são os principais fatores de risco e aparecem em metade dos casos de câncer de esôfago.
Fumo: aumenta o risco tanto do adenocarcinoma como do carcinoma de células escamosas.
Álcool: o consumo excessivo também integra a lista de fatores de risco, principalmente associado ao fumo.
Idade: a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 55 anos.
Sexo: a incidência é três vezes maior em homens do que em mulheres.
Histórico de outros carcinomas de células escamosas associados ao fumo, como boca, garganta e pulmões.
O exame que confirma ou descarta o diagnóstico de câncer de esôfago é a biopsia, feita por endoscopia guiada por ultrassom ou tomografia, quando é retirada uma amostra de tecido que é enviada para análise pelo patologista. Além disso, o médico pode pedir tomografia de tórax e abdome, broncoscopia. PET-CT e ecoendoscopia para avaliar o estágio do tumor, sua disseminação e sua profundidade. Esses exames podem ser repetidos ao longo do tratamento, para verificar como está progredindo.
ESTADIAMENTO
O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se ou quanto ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. Para isso é usada uma combinação de letras e números: T de tumor, N, de nódulos (ou gânglios linfáticos) e M de metástase e números que vão de 0 (sem tumor, ou sem gânglios afetados ou sem metástase) a 4, este último indicando maior acometimento.
O tratamento do câncer de esôfago começa pela cirurgia para remoção do órgão com margem de segurança e retirada dos gânglios linfáticos ao redor do esôfago e do estômago. É importante que o procedimento seja feito por cirurgiões especializados em operar câncer e em cirurgias de alta complexidade. Hoje em dia, esse procedimento é realizado por laparoscopia ou por cirurgia robótica, que torna todo o processo mais preciso, acelerando também a recuperação e a alta hospitalar.
Atualmente, a cirurgia aberta raras vezes é realizada, mas ainda pode ser necessária nos casos de tumores grandes. Quando o tumor é pequeno e atingiu apenas a superfície do esôfago, sem invadi-lo, é possível removê-lo por meio de endoscopia, um procedimento minimamente invasivo, em que o câncer recebe uma solução salina, uma bolha se forma sob ele que é, então, retirado por sucção. Alguns tumores podem ser retirados usando-se eletrocoagulação.
Alguns procedimentos cirúrgicos são usados também para dar mais conforto ao paciente, como a colocação de stents para a abertura de áreas obstruídas do esôfago, permitindo que o paciente se alimente com mais facilidade.
A cirurgia pode ser associada à radioterapia e à quimioterapia, antes ou após a cirurgia, principalmente quando o tumor for grande e houver risco de sua disseminação. Essas opções de tratamento também podem ser empregadas sem cirurgia em casos especiais ou, ainda, para alívio dos sintomas.