Bexiga

De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o ano de 2021, foram esperados 9.620 novos casos de câncer de bexiga no Brasil. Desses casos, aproximadamente 7.020 foram diagnosticados em homens e 2.600 em mulheres.

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A cirurgia é a principal forma de tratamento do câncer de bexiga e pode envolver a remoção de tumores por meio de cistoscopia, que os médicos chamam de ressecção transuretral de bexiga, ou a retirada completa da bexiga, a cistectomia radical, dependendo da extensão da doença. Quando o tumor é invasivo, sua remoção pode ser feita por cirurgia robótica, que é mais precisa e reduz o tempo de recuperação do paciente, acelerando a alta hospitalar.

Após e retirada dos tumores por cistoscopia, pode-se injetar a vacina BCG dentro da bexiga, que funciona como imunoterapia.

A quimioterapia tem papel importante no tratamento do câncer de bexiga, tanto antes como depois da cirurgia. Pacientes cujos tumores invadiram o músculo da bexiga podem se beneficiar da terapia neoadjuvante, isto é, realizada antes do ato cirúrgico e que reduz o tamanho dos tumores. A quimioterapia também é indicada para casos em que há alto risco de metástase e para pacientes em que o tumor se espalhou para gânglios linfáticos, pulmões, fígado ou outros órgãos. No câncer de bexiga, a radioterapia é usada como paliativo.

REABILITAÇÃO

Pacientes que tiveram de remover a bexiga precisam passar por uma cirurgia reconstrutora para que possam urinar, esse procedimento é feito já na cirurgia de remoção do órgão. Há três formas de realizá-lo: a primeira delas usa parte do íleo (intestino delgado) para fazer uma nova bexiga, que é mais efetivo em homens, proporcionando bom controle durante o dia, embora 20% dos pacientes tenham incontinência à noite. Mulheres que fazem essa cirurgia muitas vezes precisam de um cateter para eliminar a urina.

A segunda opção é usar também o íleo para fazer um tubo que conecta os ureteres, os canais que levam a urina produzida nos rins para a bexiga, à pele do umbigo. A urina será coletada numa bolsa de urostomia. A última opção, usada com menos frequência, cria uma bolsa interna conectada ao umbigo, que precisa ser esvaziada pelo paciente com cateter a cada três ou quatro horas.