Se o médico suspeita de GIST, ele deverá pedir uma série de exames por imagem para verificar se é realmente um câncer, se ele se disseminou e para acompanhar o tratamento. A lista de exames para diagnóstico de GIST inclui endoscopia, endoscopia do trato digestivo alto, colonoscopia, tomografia, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT).
O exame definitivo para o diagnóstico de qualquer câncer, inclusive para determinar de que tipo de tumor se trata, é a biópsia. No caso dos GISTs, porém, que são tumores frágeis, que podem se romper e sangrar, as biópsias serão feitas apenas se ajudarem a determinar o tipo de tratamento. É fundamental que seja realizada por médico especializado nesse tipo de procedimento.
A biópsia, nesses casos, pode ser feita por endoscopia, biópsia por aspiração por agulha fina (BAAF) guiada por ultrassom ou ainda cirúrgica. A amostra pode ser submetida a vários testes, inclusive genéticos, para verificar a presença ou não da mutação no gene KIT e o índice mitótico, isto é, a contagem das células que se encontram em processo de divisão (reprodução). Se esse número for baixo, é um tumor de crescimento lento e, se for alto, de crescimento rápido. Esse dado também é importante para o estadiamento do GIST.
ESTADIAMENTO
O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se, ou quanto, ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. No caso do GIST, é usado o sistema TNM, que é uma combinação de letras e números: T de tumor, N de nódulos (ou gânglios linfáticos) e M de metástase, e números que vão de 0 (sem tumor, ou sem gânglios afetados ou sem metástase) a 4, este último indicando maior acometimento. No caso dos GISTs, T1 é o tumor com 2 cm ou menos; T2, de mais de 2 cm, mas menos de 5 cm; T3 tem mais de 5 cm, mas menos de 10 cm; e T4 os que têm mais de 10 cm. Além desses critérios, acrescenta-se o índice mitótico, medida da quantidade de células do tumor que aparecem em divisão (reprodução) ao microscópio.
Estadiamento do GIST de estômago ou omento
O omento é uma prega de duas camadas do peritônio, a membrana que reveste os órgãos do sistema digestivo, e liga os órgãos da cavidade abdominal.
Estágio 1A: T1 ou T2, N0 (sem gânglios linfáticos afetados), M0 (sem metástase) e índice mitótico baixo.
Estágio 1B: T3, N0, M0 e índice mitótico baixo.
Estágio 2: T1 ou T2, N0, M0, índice mitótico alto ou T4, N0, M0, índice mitótico baixo.
Estágio 3A: T3, N0, M0, índice mitótico alto.
Estágio 3B: T4, N0, M0, índice mitótico alto.
Estágio 4: qualquer T, N1, M0, qualquer índice mitótico OU qualquer T, qualquer N, M1, qualquer índice mitótico.
Estadiamento do GIST de esôfago, intestino delgado, cólon, reto e peritônio
Estágio 1: T1 ou T2, N0, M0, índice mitótico baixo.
Estágio 2: T3, N0, M0, índice mitótico baixo.
Estágio 3A: T1, N0, M0, índice mitótico alto ou T4, N0, M0, índice mitótico baixo.
Estágio 3B: T2, T3 ou T4, N0, M0, índice mitótico alto.
Estágio 4: qualquer T, N1, M0, qualquer índice mitótico OU qualquer T, qualquer N, M1, qualquer índice mitótico.